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Zona de Contágio: como seguir? – projeto coletivo de pesquisa; comunidade autônoma temporária

Conversações Febris #6 – 2 de julho, quinta-feira as 19:00hs.

Nos cinco encontros realizados tecemos caminhos, investigamos juntas a possibilidade de retomarmos o ritmo nos interstícios algorítmicos de novas verdades tecnológicas. Experimentamos convocações de presença, a possibilidade de respirar juntos em um ambiente de muitas saturações, comandos e novas disciplinas. Criamos encontros, narrativas, escritas, vídeos, performances, diálogos intensos.

Fizemos isso a partir de duas coreografias de pensamento: ciência da retomada e ciência dos dispositivos, movimentos investigativos de atentar tanto para os saberes minoritários, das lutas e conspirações dos viventes como também para as novas formas do poder que nos conduzem e paralisam. Nessa trajetória, 4 grandes dimensões de analise foram emergindo como fios que ajudaram a tramar uma investigação selvagem: regimes de conhecimento; regimes de poder; regimes tecnopoliticos e tecnoesteticos; transição societal e os limites do antropoceno/capitaloceno/plantationoceno. 

Em nosso ultimo encontro, entretanto, mergulhamos de forma mais detida numa reflexão sobre a educação (formal e informal), universidade, escola, tecnologias, praticas e saberes em luta diante das reconfigurações do presente e das intensificações provocadas pela pandemia covid-19. Sentimos que neste ultimo encontro foi possível articular aquela tessitura intelectual que vinhamos nutrindo com uma discussão mais aterrada nas experiencias vividas sobre problemas comuns que nos afetavam. Talvez porque estejamos todxs de alguma maneira envolvidos com atividades educacionais, de pesquisa e criação (formais ou informais) e porque sentimos coletivamente os limites de muitos desses espaços para responder à crise total que habitamos hoje.

Por isso tudo pensamos em uma continuidade para a Zona de Contágio que pode se fazer como um experimento (um protótipo) de uma de rede de pesquisa entre as muitas experiências e práticas com que estamos implicadas; uma zona de confluência temporária entre as investigações e fazeres com que cada um aqui esta envolvido. A partir das discussões anteriores e sob um guarda-chuva generoso (educação) que emergiu em nosso ultimo encontro, listamos algumas temas que sentimos ressoar nas produções e atuações dos participantes desse percurso:

educação, regimes de conhecimentos e práticas minoritárias;  saberes das lutas; experimentos de Retomada;  educação, modos de subjetivação, tecnologias;  dispositivos de controle e (des)controle;    mediações técnicas, tecnológicas e algoritmos; regimes de sensibilidade, percepção, sensação e modos de conhecer;  ambiências e corpo, cidade, experiência X ambientes tecnomediados; campos experimentais de luta e direitos; práticas educacionais e ambientes/tecnologias digitais: o que pode ser uma aula?  Quais universidades? pluriversidades? territórios de luta e de produção de conhecimento.


Imaginamos para o próximo semestre enveredar numa investigação coletiva entramada pelas praticas de cada um em torno de problemas confluentes. Nesta quinta-feira (02/07) gostaríamos de conversar sobre essa ideia e também sobre como realizá-la. Inicialmente, pensamos em seguir com encontros quinzenais neste mesmo dia/horário pra compartilharmos nossas experiências e também produzirmos coisas juntxs. Gostariamos de intensificar a documentação coletiva que já estamos praticando e quem sabe produzir um livro coletivo ao final do ano, sintetizando um tanto do que estamos criando e ainda vamos produzir durante o próximo semestre. A realização de podcasts, experimentações corpograficas, sonoras e audiovisuais também são desejadas!

Aguardamos vocês para mais uma conversação febril! Quinta-feira, 2 de julho as 19hs